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O entendimento de que as revoluções burguesas moldaram o mundo unilateralmente à padrões europeus parece muito mais fruto de um dos mitos mais sólidos difundidos pela historiografia eurocentrada: o de que há uma europeização do mundo a partir do século XVI, e não uma hibridização cultural. Ora, como de fato o velho mundo se impôs política e economicamente à regiões como a América, que mesmo após a independência de países como o Brasil, restou por parte das elites locais a associação dos valores europeus à práticas civilizacionais, o mito sobreviveu ao fim do colonialismo. Fato que reverberava no desejo destas elites se europeizarem, a tal ponto que a História, como era produzida enquanto campo do saber pelos intelectuais franceses, ingleses e alemães, tornaram-se a pedra angular de como a intelectualidade de países como o Brasil passaram a se enxergarem, partindo da premissa de que os europeus eram as civilizações desbravadoras que teriam levando de forma unilateral a civilidade para o restante do mundo, o que levou ao entendimento de que quanto mais próximo estivéssemos do modelo europeu, mais perto estaríamos da civilização, do progresso e do ápice desenvolvimentista. Nesta perspectiva, a dupla revolução burguesa (Revolução Francesa e Revolução Industrial) passou a ser entendida como eventos difusores desta civilidade europeia. Nesta obra, no entanto, entende-se os citados eventos europeus como acontecimentos eminentemente locais ou regionais, inseridas em uma formação incomparavelmente maior: o longo processo de formação do sistema mundo moderno.
- Format: Pocket/Paperback
- ISBN: 9786501045511
- Språk: Portugisiska
- Antal sidor: 206
- Utgivningsdatum: 2024-06-03
- Förlag: Edicao Do Autor.